quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ode à sinalização urbana

Quando viajamos, muitas vezes nossos caminhos são repletos de placas e sinais. Elas podem ter diferentes utilidades e razões de existência, mas existem alguns grupos principais nos quais podemos dividi-las.

Há aquelas que nos indicam o caminho que buscamos, ainda que não necessariamente com muita clareza,


que nos direcionam para aquilo que cedo ou tarde vamos precisar;

e sinais que simplesmente apontam, sugerindo um rumo a seguir.

Encontramos placas que indicam estados de espírito,

algumas que deixam bem claro o que não se deve fazer,

outras nem tanto.
Ainda há as que indicam o que deve, sim, ser feito,

ou até mesmo como fazê-lo,

e esclarecem qualquer dúvida que tenhamos sobre as preferências automotivas de uma cidade.

Placas para pessoas

e para animais

ou para ambos.

Algumas podem nos levar para o passado,

sejam permissivas ou proibitivas.

Há placas ameaçadoras,

poéticas,

improvisadas

e quase subversivas.

Antenadas com o contexto político,

econômico

ou gastronômico, ainda que nem sempre de propósito.

Nos topamos com placas que criam novas palavras,

também algumas que expressam sentimentos sinceros.

Umas pequenas e modernas,

outras enormes e artísticas.

Que indicam o caminho que queremos seguir,

o que não gostaríamos
e quando definitivamente devemos tomar a direção oposta.

Podemos achar inclusive algumas que parecem perfeitas para contextos futebolísticos,

e descobrir de que cada uma tem a sua maneira de transmitir uma mesma mensagem.



Mas, mesmo encontrando tantas placas, não há dúvida: o melhor da vida é poder trilhar um caminho só nosso, fazendo pausas e curvas para observar a paisagem e aproveitar cada vez mais cada trecho...
Afinal, a viagem não é apenas o destino, e sim toda a jornada.
Aproveite ao máximo.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Comunicação universal

Uma das partes mais interessantes de viver em outro país é nos submetermos a uma imersão em outra língua e outra cultura que, além de nos oferecer o contato com outras paisagens e cardápios, permite aprimorar habilidades linguísticas e nos abre os olhos para diverentes maneiras de pensar, comportar-se, agir... enfim, de viver.
É interessante que tenho amigos que tem receio de viajar a outros países por não terem domínio total de outra língua, que faz com que tenham medo de se verem obrigados a enfrentar problemas que não saibam resolver ou até mesmo de se sentirem sozinhos pela dificuldade de se comunicar com outras pessoas.
E eu sempre digo: vá. Viaje. Mesmo que você tenha um ou outro percalço, sempre vai dar tudo certo.
E outro dia presenciei uma cena que me fez ter certeza disso: na Espanha, em um grupo de amigos totalmente heterogêneo em idades e nacionalidades, que incluía desde um búlgaro a uma alemã, um britânico começou a conversar com duas meninas italianas. Detalhe: nenhum deles tinha mais do que meras noções da língua do outro, e no começo a conversa ia lentamente, em um ameaço de espanhol, com pausas e tentativas de explicações; mas, dois minutos depois, o spanglish fluiu e a conversa animada passou a incluir todo o resto do grupo.
Por quê? Porque a comunicação é universal. Quando um emissor quer compartilhar uma mensagem, e um receptor quer ouvir, não há barreiras linguísticas, geográficas ou comportamentais que não podem ser superadas.