E vem aí mais uma edição do FÁCYL!
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Festival Internacional de las Artes de Castilla y León 2010
E vem aí mais uma edição do FÁCYL!
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Feira do livro também pode ser show
terça-feira, 25 de maio de 2010
Crônica Salmantina
O tiozinho da bilheteria parecia inconformado. Eu, que já tinha passado seis meses morando na Espanha e tinha decidido voltar a viver em Salamanca, estava em contenção de despesas e pensando seriamente em economizar os euritos da entrada do Convento de San Esteban. O homem insistia:
- E vai deixar ele entrar sozinho?
Era meu irmão, que tinha vindo do Brasil passar duas semanas comigo, e me encarou como dizendo “você é quem sabe”. Eu já tinha visitado o convento dois anos antes, e tinha adorado; sou fã incondicional de museus e outros lugares com uma boa história por detrás. Mas tinha me demitido do meu trabalho no Brasil e passado um mês na Itália, o que obstruía um pouco as finanças. E estava morrendo de vontade de no fim do dia tomar um vinho com pincho em um dos bares da calle Van Dyck. Aquele era um dia de pouco movimiento e, com seu olhar inocente, o porteiro continuou:
- Pode entrar com ele, não tem problema.
Opa, grátis? Fui.
E como valia a pena revisitar aquele lugar. Depois de mais de cem anos sendo construido, em 1630 Salamanca ganhou o atual edificio do Convento de San Esteban, no local onde no século XIII os dominicanos tinham se instalado na cidade, e onde Cristóvão Colombo foi pedir a ajuda dos frades para conseguir financiamento para sua viagem às Índias. Era começo de tarde, e o edificio estava quase dourado quando tocado pela luz do sol.
Entramos.
Começamos pela minha parte preferida, o Claustro de los Reyes, e outra vez adorei ver o céu de dentro daquela construção gótico-renascentista, assim como buscar uma a uma as expressões nas gárgulas e outros seres semi-assustadores esculpidos nas paredes, teoricamente para afastar os maus espíritos. E prosseguimos esquadrinhando cada centímetro daquele patrimônio histórico. Como não querer entrar sala por sala vendo as exposições? Como não se deslumbrar com o brilho do altar daquela igreja?
Ao final da visita, dediquei o sonriso mais sincero para aquele senhor da entrada. Graças a ele, eu tinha ganhado a tarde.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Eu, falando por aí: março
Cruzeiro para Patagônia e Terra do Fogo:
Vueling e Spainair inauguram novas rotas:
terça-feira, 4 de maio de 2010
Onde ir e onde não ir em San Sebastián

Recentemente estive em San Sebastián (ou Donostia, seu nome basco), e voltei com uma lista involuntária de "dos and don'ts" que acho que vale a pena compartilhar aqui no blog.
Localizada no norte da Espanha, pertencente à província de Guipuzkoa, no País Basco espanhol, a cidade é famosa por suas praias e seus pintxos, aquelas comidinhas que acompanham as bebidas nos bares espanhóis. Também é conhecida por ser uma cidade cara: enquanto em cidades como Madrid é possível tomar uma taça de vinho e uma comidinha por menos de dois euros, somente o pintxo (sem bebida) em San Sebastián custa, no mínimo, €1,70 em qualquer bar simples – e pode chegar até €4,00 em bares hypados.
Muita gente diz que vale a pena – realmente há pintxos super elaborados, coloridos e lindos, incluindo queijos renomados e canapés de frutos do mar. Na minha opinião, depende, porque parece que alguns bares perderam um pouco o critério: muitas vezes um mísero sanduichinho de jamón ou uma torradinha com um chorizo custam muito mais do que em qualquer outra cidade espanhola que eu conheça.
Além disso, quando sair de tapas em Donostia, cuidado: nacionalistas que são, muitos bascos não são muito fãs dos gringos que visitam a cidade – e, como em todo o país, praticamente nunca há cardápios de bebidas nos bares, somente de comidas. Por isso, se você notar grande diferença no valor cobrado em um bar e em outro, pode não ser só impressão: o garçom pode, sim, estar te sacaneando. Por exemplo: uma dose de vinho jovem (ali normalmente não se serve vinho em taças mas sim em copos altos e de boca larga, como os de sidra) custava, normalmente, €0,50, mas em alguns bares saía pelo dobro, 1 euro. Em um bar, o garçom descaradamente cobrou de mim 1 euro, enquanto o basco que tomou um vinho a meu lado pagou €0,40, menos da metade. Eu, que nunca tinha me sentido vítima de preconceito, saí dali meio chateada – e guardei o nome do lugar pra nunca mais entrar.
E isso pedindo em castelhano alto e claro – imagina se fosse em inglês...
Ainda assim, a cidade é realmente um encanto com suas lindas praias, suas ruas de pedra e grande agito noturno, e tem muitos estabelecimentos que se destacam pela combinação bons produtos + gente simpática.
Alguns exemplos são o bar Gorriti (com pintxos deliciosos), o bar-restaurante Izkiña (um dos únicos que coloca o preço de todas as bebidas à vista dos clientes) e a lanchonete Koskol (que oferece sanduíches imensos a partir de 3 euros). Fuja de lugares como o Bartolo (caríssimo e com pintxos de uma falta de sabor frustrante) e o Kukurruku (autor da sacanagem com esta blogueira).
Bar Gorriti: calle San Juan, 3 (tel. 00 34 943428353)
Restaurante Izkiña: calle Fermín Calbeton, 4 (tel. 00 34 943422562)
Koskol: calle Iñigo, 5