sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

(I want to be a part of it) New York, New York

Eu assumo: nunca fui uma grande interessada nos Estados Unidos. Não sei se é porque desde crianças estivemos sempre submetidos a uma gigantesca influência deste país (econômica, política, cultural...), mas desde que comecei a me bandear para o turismo achava que a Europa tinha muito mais histórias para contar.
Mas, de qualquer maneira, os EUA continuavam a ser um país que ainda me faltava conhecer, e lá fui eu passar réveillon 2008-2009 - em Nova York!!
A escolha pela cidade foi influência da minha irmã, fã incondicional da cidade, e também pela vontade de passar, finalmente, um fim de ano com neve (ao contrário do kit roupa-branca-praia-calor ao qual nós brazucas estamos tão acostumados). Resolvi restringir a visita a só essa cidade, para poder passear com calma e também conseguir realmente descansar um pouco (coisa rara quando viajo). Rumei pra NY meio incrédula, achando tudo meio caro, consumista, mas pagando pra ver. Resultado: não é que essa cidade é tudo de bom??

Tem até características esquisitas, mas que são únicas: o excesso de cores da Times Square (agora com uma exclusiva escada que não leva nada a lugar nenhum, mas garante uma vista diferenciada do lugar), a absoluta presença de estrangeiros em todos os cantos, as ruas e avenidas numeradas e setorizadas...
Ficamos hospedadas num apê alugado no East Village, para entrarmos no clima de nativas - o que acabei descobrindo ser uma ótima pedida, já que não gosto do clima turistante de ficar de hotel em hotel, e sim de exercitar o lado viajante me misturando o máximo possível com os moradores do lugar. A localização foi ótima, numa área superautêntica da cidade e a apenas um metrocard de distância de quaisquer monumentos e museus que quiséssemos visitar. Apesar do frio considerável (chegando a -13ºC em plena noite de ano novo), o tempo quase sempre bom e a paciência para entender e amar o tão polêmico metrô novaiorquino garantiram ótimos dias na Big Apple. Como não podia deixar de lado, fui assistir espetáculos da Broadway, passear no Central Park e até fazer programas altamente turistais, como subir no Empire State e ir até Liberty Island ver a estátua homônima – horas de espera, mas são tão típicos que nem mesmo eu poderia deixar de lado. No quesito gastronômico, definitivamente adorei comer bagels com montes de especiarias no café da manhã (e um donut de vez em quando, claro), além da ingestão de doses cavalares de café para manter a temperatura corporal. Até mesmo conheci um concorrente à altura do agora famoso Gray’s Papaya, o Papaya Dog, que tem o mesmo cachorro quente incrível e a mesma água suja disfarçada de suco de mamão – ainda que nada tenha batido o sabor da baratíssima fatia de pizza comprada de madrugada a caminho do apartamento. Nas refeições propriamente ditas, o destaque fica para o Veselka, especializado em comida ucraniana, e os dumplings de um restaurantezinho fofo de Chinatown.
Só senti um pouco de falta de encontrar americanos pelo caminho – nunca vi tanto turista num só lugar, especialmente brasileiros; além disso, para onde olhássemos havia estrangeiros, cada um falando seu inglês cheio de sotaque.
Mas adorei zanzar pelas ruas dessa metrópole mundial cheia de contrastes, vendo o punk de boutique dos Villages convivendo em harmonia com o consumismo das grifes da 5th Avenue, e a calma de eterno domingo nos gramados e lagos congelados do Central Park.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Por que viajar?

“Viagens são fatais ao preconceito, à discriminação, à visão estreita, e muitos do nosso povo precisam terrivelmente de viagens, por causa disso.
Uma visão ampla, integral e caridosa das pessoas e das coisas não pode ser adquirida vegetando num cantinho do planeta durante a vida inteira"
(Mark Twain)

Eu? Assino embaixo.