terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Start spreading the news...

Meu 2008 vai terminar diferente!
Depois de alguns anos cultivando o habito tupiniquim de seguir rumo a praia para as festas, resolvi experimentar algo mais... digamos... frio (ainda que a populacao brazuca esteja profundamente bem representada, rs).
Onde sera que eu vou comecar 2009??
Alguem arrisca??
FELIZ ANO NOVO!!
Um 2009 cheio de viagens para todos nos!!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Portugal 4: O Porto

Adoro todas as cidades portuguesas que conheci, mas confesso: tenho uma quedinha especial pelo Porto. O começo dessa paixonite foi turbulento: depois da noite mal dormida no trem e da passagem relâmpago por Fátima e Coimbra, chegamos à noite no Porto. Como eu tinha checado, chegamos numa estação de ônibus próxima à nossa hostal, que até foi fácil de encontrar. Problema um: apesar da indicação de que aceitaria, a hostal não aceitava cartão de crédito e já não tínhamos o valor para pagar por toda a estadia em cash. Por isso, tivemos que sair em busca de um caixa eletrônico indicado pela recepcionista, próximo do qual havia – em uma definição politicamente correta – algumas profissionais do sexo e alguns rapazes comercializando substâncias ilegais. Numa operação estilo McGyver, com uma vigiando enquanto a outra operava a máquina bancária, conseguimos sacar o dinheiro e financiar nossa hospedagem sem problemas, mas não tivemos muita vontade de sair nesta noite.
No dia seguinte, fizemos um passeio meio instantâneo pela cidade, porque incluía conhecer tudo que encontrássemos pelo caminho e comprar nossas passagens (a minha para a Espanha e da minha amiga para Lisboa). Ela comprou a dela de trem para a manhã seguinte, e eu não encontrei passagem para Salamanca nesse transporte então, como a estação de ônibus internacional era bem distante, fiquei de checar na manhã seguinte (como se eles fossem obrigados a ter sempre viagens internacionais disponíveis...). Obviamente, não encontrei passagem, o que ocasionou uma nova ida à estação de trem e uma resignada volta à mesma estação de ônibus, na qual somente havia passagens para o outro dia – compensando o susto por custar a metade do valor da passagem ferroviária. Depois do susto inicial, a peregrinação entre as estações e a reserva de uma nova noite de estadia na hostal, resolvi aproveitar o tempo que tinha e efetivamente conhecer o Porto. E quer saber? Vista com calma, a cidade me pareceu linda, fácil de locomover e cheia de simpatia lusitana. Além do tradicional vinho que leva o nome da cidade (que além do vasilhame tradicional, pode ser encontrado em mini-garrafinhas, um souvenir perfeito para presentear família e amigos – especialmente o vinho verde, meu preferido), que ganha até um Museu na cidade, há inúmeros outros locais de para se visitar. Também preciso comentar (para justificar a fama dos portugueses em terras tupiniquins) que tem padarias por toda parte! Um sonho para os fãs dos incríveis doces lusitanos.
Alguns lugares que valem a visita:
- Estação São Bento: se você chegar de trem na cidade, será por lá. É linda, toda azulejada.
- Av. dos Aliados/Praça da Liberdade/Prefeitura: ampla, com construções imponentes. Tem o McDonald’s com a aparência mais diferente que já vi, com uma imensa águia na fachada.
- Mercado do Bolhão: como todo bom mercado, um ótimo lugar para acompanhar o dia-a-dia da população e encontrar pechinchas: pãezinhos, flores, panos de prato...
- Cadeia da Relação (Centro Português de Fotografia): minha melhor surpresa na cidade. Acabei indo parar lá sem querer, e descobri uma antiga cadeia transformada em centro de exposições, conservando todas as celas e grades (incluindo uma onde ficou preso o escritor Camilo Castelo Branco, autor de Amor de Perdição – o crime: adultério). O Centro tem um charme sem igual. Ainda dei a sorte de ver uma exposição linda de Georges Dussaud, “Crônicas Portuguesas”.
- Catedral da Sé: construída no séculos XII-XIII. As igrejas da cidade abusam dos azulejos, de um jeito só delas.... aliás, a lateral externa da Igreja de S. Ildefonso é uma coisa incrível, assim como a fachada da Capela das Almas.
- Igreja e Torre dos Clérigos: construção barroca e rococó com torre de 75,60m. Além da ótima visita, foi no entorno dela que encontrei os melhores locais para comprar Vinho do Porto e onde comi minha inesquecível “francesinha” (sanduíche que tem de tudo um pouco, já comentado neste post), no “Forno dos Clérigos”, onde também provei bolinho de bacalhau de doces portugueses. - Café Majestic: lindo e tradicionalíssimo. Em funcionamento desde 1921, fica na Rua Santa Catarina, bem no centro. Além de uma fachada que se destaca de tudo o que você vai encontrar naquela área, tem até sala de exposições e jardim de inverno.
- Praça da Ribeira/Cais da Ribeira: depois de subir e descer muita ladeira (nada muito inclinado, não precisa de preparo físico nenhum), chegamos às margens do Douro, repleta de pessoas, lojinhas e restaurantes. Talvez seja turístico demais, mas a vista é linda. Vale pegar o funicular ou atravessar a Ponto D. Luís e ir para o outro lado do rio, experimentando a vista daquele lado.
- Jardins do Palácio de Cristal: outra vista fantástica. Aliás, vistas, no plural, porque cada lado que olhe, você vê algo diferente. E topei até com pavão por lá, literalmente. - Casa da Música: já um pouco longe do centro, é um espaço de eventos com uma programação muito intensa e diversificada.
Além destes, apenas entre os monumentos principais da cidade há 15 igrejas, 30 museus, casas-museu e centros de exposição, 25 adegas para visitação – isso sem falar naqueles lugares que a gente vai descobrindo, sem querer, passeando despretensiosamente pela cidade. Como não se apaixonar por essa cidade?

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

(De) Saia Pelo Mundo

Gente,
Tô devendo posts novos há séculos, mas minha vida tá uma correria que não tô dando conta nem de mim mesma! rs
Na falta de algum texto por aqui pra ler, aproveito pra indicar um que a Mari Campos postou no Saia Pelo Mundo, falando sobre o estigma de vulgaridade que paira sobre a mulher brasileira no exterior.
O estigma da brasileira-(vaga)bunda
Como mulher brasileira viajante pelo mundo, recomendo!

domingo, 7 de setembro de 2008

Galo de Barcelos

No clima português das postagens, uma lenda que adoro - e que justifica o mais popular dos souvenires de quem visita terras lusas.

A lenda do Galo de Barcelos

Os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, por não se ter descoberto o criminoso que o cometera.
Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém acreditou. Ninguém julgava crível que o galego estivesse a caminho de Santiago de Compostela em cumprimento de uma promessa; que fosse fervoroso devoto do santo que em Compostela se venerava, assim como de São Paulo e de Nossa Senhora. Por isso, foi condenado à forca.

Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou:
- É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.
Risos e comentários não se fizeram esperar, mas pelo sim e pelo não, ninguém tocou no galo.
O que parecia impossível, tornou-se, porém, realidade!
Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações de inocência do condenado. O juiz correu à forca e, com espanto, viu o pobre homem de corda ao pescoço, mas o nó lasso, impedindo o estrangulamento. Imediatamente solto, foi mandado em paz. Passados anos, voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em louvor à Virgem e a São Tiago.

sábado, 6 de setembro de 2008

Portugal 3: Fátima e Coimbra

Num dos meus últimos meses morando na Espanha, eu e uma amiga brasileira resolvemos passar um fim de semana em Portugal. Eu já conhecia Lisboa, então quis aproveitar para conhecer outras cidades, o que resultou num roteiro um tanto quanto kamikase: sairíamos na sexta de madrugada de Salamanca, chegaríamos de manhã em Fátima, onde visitaríamos a famosa basílica; de lá, iríamos para Coimbra, onde passaríamos a tarde, e no início da noite rumaríamos pra Porto, onde dormiríamos e passaríamos o sábado; no domingo, minha amiga iria para Lisboa e eu iria ficar até a tarde, quando voltaria para a Espanha.
Mas, como viajante que é viajante tem que ter suas aventuras, essa foi uma daquelas viagens em que quase tudo deu errado. Primeiro erro: ir de trem ao invés de ir de ônibus, igualmente pouco confortável, mas mais barato. Segundo erro: apesar de termos pedido ao funcionário, ele não nos avisou qual era a parada de Fátima (que tampouco foi anunciada pelo condutor) – resultado: tivemos que descer na parada seguinte e esperar mais de meia hora pelo próximo trem no sentido contrário. Chegando à estação (agora correta), descobrimos que o primeiro erro havia sido pior do que pensávamos: a estação de trem ficava numa área afastadíssima da cidade (ao contrário da estação de ônibus, que ficava a 5 minutos a pé da basílica). Um taxista nos abordou e disse que estávamos há 40 minutos do centro e que todos os táxis faziam o percurso a um preço fixo, mas não nos deixamos intimidar e fomos a um abandonado ponto de ônibus, onde não havia ninguém senão um alemão que não falava nadica de nada de outra língua que não fosse a dele. Através de mímica, descobrimos que ele estava ali há meia hora e, como não havia qualquer indicação da freqüência de ônibus (nem de que, sinceramente, algum dia passaria algo parecido com um ônibus por ali), esperar não nos pareceu uma idéia interessante. Então, munidas de papel e caneta, o convencemos a rachar um táxi conosco até a basílica, no qual ele entrou mudo e saiu calado, enquanto nós conversávamos com o providencialmente simpático taxista.
Concentramos nossa visita basicamente à área central, o que é uma pena, pois adoro ver a vida “real” das cidades, fugindo dos roteiros excessivamente turísticos e repletos de lojinhas de souvenirs. Depois da visita à basílica, com direito a escrever um pedido de oração e acender uma vela pelas intenções que quisemos – emocionante, ainda que houvesse visitantes que mais pareciam estar fazendo piquenique do que visitando um templo religioso –, saímos chispadas rumo à estação de ônibus, onde pegamos nosso transporte até Coimbra (ainda que não tenhamos conseguido comprar passagens de estudantes, disponíveis em quase todas as companhias, menos na que fazia aquele trecho).
Admito que me arrependi de já ter reservado o hotel para a cidade seguinte, pois Coimbra é uma cidade fofíssima! Logo que chegamos, nossa cara-de-pau tupiniquim nos fez entrar em um hotel para pedir um mapa, já que não havia nenhum disponível na rodoviária – e o atendente, super educado e paciente, não só nos deu um mapa ótimo como sinalizou todos os locais que achava mais interessante que visitássemos. Adorável.
Percorrendo a cidades, confirmamos que, na “Cidade dos Estudantes”, a Universidade de Coimbra é uma parada imperdível, com destaque para a linda Biblioteca Joanina e o interessante Cárcere Acadêmico. Como Salamanca, lá também há duas catedrais, a Sé Velha e a Sé Nova; a primeira data do século XII e segue a linha românica, enquanto a segunda foi fundada no final do século XVI numa mescla de influência clássica com barroca. Como adoradora de áreas populares e encantada por ladeiras e caminhos tortuosos, fiquei zanzando pela área da Praça do Comércio e todas as suas muitas lojinhas, onde “precisei” comprar uma bandeirinha da minha segunda pátria. Fomos à Torre da Almedina, onde fica o Museu da Cidade, no qual há maquetes, vídeos e animações que nos mostram como funcionava o sistema de defesa da Coimbra da era medieval, e também possui uma vista muito bacana do entorno do museu e suas ruelas.
Depois do almoço, cruzamos o Rio Mondego por sobre a Ponte de Santa Clara e fomos até a Quinta das Lágrimas, palácio do século XIX que foi cenário do romance de Pedro e Inês, Romeu e Julieta portugueses. O local agora é um hotel, mas pudemos visitá-lo e ir até a Fonte dos Amores, encontrando plaquinhas e sinalizações da história pelo caminho. Andamos, andamos, andamos e, na hora de ir embora, cadê o portão de saída? Trancado!
Novamente a cara-de-pau tupiniquim nos fez pular um murinho, olhando atentamente para os lados, com medo de estarmos fazendo algo errado. Cruzamos novamente o Mondego, agora pela Ponte Pedro e Inês, exclusiva de pedestres, e contornamos o Jardim Botânico, infelizmente fechado, até o interessante Aqueduto de S. Sebastião.
De lá, nos restava tempo apenas para um gole d’água e seguir pelo entorno do Jardim até a moderna Avenida Fernão Magalhães, percorrendo nelas as quadras que nos separavam da estação de ônibus e, conseqüentemente, do nosso próximo destino: o Porto.

PS.: Retribuindo a gentileza: o recepcionista simpático trabalhava no
Almedina Coimbra Hotel (Av. Fernão de Magalhães, 199).

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Portugal 2: Deambulando por Lisboa

Aproveitei o post anterior para dar um pouco de destaque ao meu bairro preferido, Belém, mas não posso deixar de fazer um apanhado geral da capital lusa.

A primeira vez que fui pra Portugal foi num fim-de-semana. Saí de Salamanca, onde eu morava na Espanha e peguei um trem até Lisboa. Não aconselho o meio de transporte: o trem saía de madrugada, no melhor estilo trem fantasma: cabine escura, cheia, fez que eu atravessasse a viagem toda, de sete horas, abraçando minha mochila. Depois descobri que de ônibus era mais barato e mais rápido (sem falar que na Europa as companhias low fare lhe permitem fazer uma viagem até mais barata do que com os meios terrestres).

Cheguei em Lisboa ainda no sábado de manhã e fui direto para minha hostalzinha, simplona e bem barata, perto da Praça do Comércio. Larguei as malas e comecei o city tour!

Comecei pela Praça do Comércio, onde o bom viajante encontra postos de informação turística onde podemos encontrar um útil mapa da cidade. Vale a pena olhar ao redor, de um lado o rio Tejo, e dos outros três lados os edifícios da praça.

Segui ao longo do cais, e em breve encontrei a Casa dos Bicos, que chama a atenção pela fachada cheia de, hum, bicos. De lá, segui para a Catedral da Sé, que atrai logo de cara pela arquitetura românica, com uma simplicidade externa que quase chega a ser excessiva, totalmente diferente das igrejas que estamos acostumados a ver. No interior, o pé direito bem alto e a sala do tesouro impressionam.

Daí em diante, me perdi (propositada e despropositadamente) pela ruas da Alfama, o bairro do fado, a música típica da terrinha. Vale uma alongadinha antes, porque serão muitas subidas e descidas, em ruelas estreitas e incrivelmente inclinadas. Tenho uma amiga que achou perigoso, por ter ido num domingo e estar deserto, mas eu particularmente achei uma delícia passear pelas casas deste bairro tradicionalíssimo, vendo as casas simples com roupas estendidas no varal e parando para olhar os barzinhos simples e as chiquérrimas casas de fado – aliás, se quiser visitar uma, programe-se com antecedência: muitas somente atendem com reserva. Andei mais um pouco a esmo e resolvi ir perguntando onde era o Largo das Portas do Sol, de onde se tem uma vista incrível de toda esta área da cidade, podendo-se ter uma perspectiva aérea das especificidades de cada bairro.

Seguindo inúmeras placas indicativas, de lá foi bastante fácil chegar até o Castelo de São Jorge, atração que ninguém deve dispensar na cidade. Além de ter uma vista absolutamente fantástica – além se estar localizado na colina mais alta de Lisboa, sua Torre de Ulisses possui um periscópio que permite ao visitante observar a cidade em 360º a tempo real. Quem tiver tempo pode ficar horas zanzando pelo castelo propriamente dito, subindo e descendo muralhas, entrando e saindo das guaritas nas guaritas (ainda que não tenha tido tanto tempo, eu fiz isso e achei uma delícia!). Além dos muitos mirantes, surpreendentemente se encontra até exposição multimídia e cafeteria ali dentro – além de um casal de pavões com os quais eu cruzei pelo caminho. O Castelo fica aberto à visitação das 9 às 21h; estudantes têm desconto, como sempre (paguei 2,50 euros – grupos têm desconto maior).

De lá, passei por umas lojinhas e me esquivei de uma produção cinematográfica que tava acontecendo por ali e fui caminhando até chegar na praça do Rossio e admirar o lindo Teatro de D. Maria II. Atravessei a praça da Figueira e cheguei até um atrativo bastante interessante da cidade: o elevador de Santa Justa.

A estrutura metálica e estreita quase escondida entre os edifícios destoa da arquitetura do bairro, mas não deixa de atrair os olhares de quem passa. Peguei uma travessa da rua de Santa Justa e fui parar na rua Garret, 120, no Chiado, onde turista que é turista vai tirar uma foto com o Fernando Pessoa de mentirinha instalado na frente do café “A Brasileira”. Dê uma entradinha no estabelecimento e confira como ele é disputadíssimo – acotovele-se com os demais clientes no balcão e tome um cafezinho com um delicioso doce português – dependendo do horário, esperar por uma mesa pode demorar bastante.

Voltei pela Rua Augusta, que tem uma vizinhança adorável, cheia de restaurantes e cafés – ambiente turístico, sim, mas foi naquela área que comi o melhor bacalhau da minha vida. Além disso, se puder, visite a rua Augusta durante o dia e perceba o contraste da grande concentração de lojas de grife com os ambulantes e pedintes do seu entorno.

Dessa vez, fui num barzinho na Avenida 24 de Julho e voltei cedo pra casa. Mas quando voltei a Lisboa, conferi que a pedida da noite é ir às docas!! Saindo da praça do Comércio e seguindo pelo cais no sentido da ponte 25 de abril, pode-se ver um grande número de restaurantes, bares e boates. Achei até caipirinha no cardápio (ainda que eu já tenha tomado melhores, vale pela constatação da globalização, hehe).

No dia seguinte, fiz a visita a Belém mencionada no post anterior, para visitar os lindos Mosteiro dos Jerônimos e Torre de Belém, declarados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Para quem tiver mais tempo (porque Lisboa merece mais tempo ou então uma segunda visita), pode visitar algumas atrações mais afastadas: o Parque das Nações, o Oceanário, a ponte Vasco da Gama (quarta maior ponte de mundo em comprimento) e a torre homônima.

Mas, além disso, ainda existe muito mais nessa cidade, outras ruas, avenidas, praças, museus, igrejas... Visite e faça o roteiro da sua Lisboa!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Portugal 1: Nem só de pastéis vive Belém

Lisboa é uma cidade difícil de definir. De alguma forma, consegue ser uma mescla perfeita de Europa com Brasil: ainda que o idioma não seja exatamente igual ao nosso, é perfeitamente possível compreender e ser compreendido nas ruas. Ela é composta por bairros diferentes e complementares, sendo os mais famosos a Alta, a Baixa, a Alfama, o Chiado e o charmoso Belém, o meu preferido! Neste bairro, você encontra tudo que um viajante procura: edifícios históricos, gente simpática, gastronomia típica e paisagens de tirar o fôlego.
O melhor jeito de chegar a Belém é de bonde. Da Praça do Comércio, basta pegar um dos vários “elétricos” para se sentir voltando no tempo – pode-se ir de ônibus também mas, convenhamos, aproveite a oportunidade de andar de bonde! Logo que chegar, olhe ao redor e veja a grande quantidade de verde ao seu redor, em praças muito bem cuidadas; em seguida, seus olhos automaticamente serão direcionados para o maior e mais bonito dos edifícios ao redor, o Mosteiro dos Jerônimos. Ainda que de algumas vezes seja um pouco longa, a fila para entrar é bastante rápida e com certeza vale a pena: o interior do prédio é ainda mais impactante que o exterior, com um claustro amplo e intensamente iluminado. Na igreja, aproveite para visitar os túmulos do escritor Luis Vaz de Camões e do navegante Vasco da Gama, e em seguida caminhe por toda a nave, contemplando seus altares e a impressionante altura de seu teto. Perca-se no mosteiro por algum tempo, conferindo também as exposições do seu interior.
Cruzando a Praça do Império em direção às docas, você já avista mais dois grandes atrativos do bairro: o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém. O primeiro é um monumento erguido em comemoração aos 500 anos das explorações marítimas portuguesas, com representações dos navegantes olhando em direção ao mar. O segundo é uma antiga torre de guarda da costa lusitana, que conserva a mesma estrutura da época em que estava ativo, possibilitando uma incrível vista da ponte 25 de Abril. Na saída, aproveite para pechinchar um lenço para sua mãe nas mãos das vendedoras ambulantes.
Também vale a parada no Museu dos Coches, na rua de Belém. Lá ficam expostos carros utilizados pelas classes dominantes em diversas épocas, inclusive monarcas e príncipes, e confira a profusão de detalhes em cada veículo.
Deu fome? Uma boa pedida são os restaurantes um pouco mais adiante na própria rua de Belém, onde há pratos típicos a preços bastante aceitáveis. Mas a dica gastronômica imperdível é a Fábrica dos Pastéis de Belém, razão da nomeação dos lusitaníssimos docinhos de nata. Em atividade desde 1837, oferecem a famosa sobremesa por menos de um euro e permitem aos visitantes que presenciem a produção através de uma parede de vidro. Sempre há fila para compras para viagem, mas a graça está em saborear seus pasteizinhos no interior do estabelecimento, todo azulejado e com decoração tradicional – melhor ainda se eles vierem acompanhados de um bom café.
No fim do dia, sente-se em um banco da praça e aproveite para ver o movimento ao redor. E que tal mais um pastelzinho?

Retomando as origens


Atendendo a pedidos, vou escrever um pouquinho sobre Portugal!
(Margarida, desde já desculpe qualquer besteira que eu coloque aqui no blog, hein?? rs)
Pra quem não sabe, eu tenho uma metade portuguesa. Bom, na verdade não é exatamente uma metade, tá mais pra 1/4: meu avô paterno era português. Infelizmente sem poder estar aqui para conferir, ele foi um dos meus maiores incentivadores a viajar: esse parentesco me garantiu uma dupla nacionalidade e, conseqüentemente, um passaporte europeu, que facilitou muito a minha vida viajante... mas MUITO mesmo.
Ter um passaporte europeu é uma mão na roda! Ele nos isenta de qualquer dificuldade que os brasileiros têm na hora de viajar, como sempre ter que tirar visto para um monte de países (o que significa gasto de dinheiro e tempo, sem falar naquele medinho de falar alguma besteira e não te deixarem entrar no país), e poder ficar zanzando livremente pelos países europeus sem ninguém lhe perguntar o que está fazendo lá e por quanto tempo vai ficar.
Por isso, recomendo que todo viajante perca algum tempo escarafunchando sua árvore genealógica em busca de um parente europeu perdido. Ok, dá um pouco de trabalho e envolve um certo gasto, mas vale super a pena!
O único fator em contra é perder o charme daquele passaporte verdinho cheio de carimbos (no europeu é tudo com leitura ótica)... mas eu prefiro a liberdade do meu passaporte cor de vinho!!
Em homenagem à minha segunda pátria, vou postar algumas das coisas que adoro de Portugal!!

domingo, 13 de julho de 2008

Eu morei fora e sobrevivi. Por que você não iria?

Outro dia tive de novo uma conversa que vira e mexe acontece. Uma amiga virou pra mim e disse: "Nossa, morro de vontade de morar fora, mas é tão complicado..."
Complicado? De que jeito?
Se até eu morei fora, por que você não?
Brincadeiras à parte, acho que morar fora é uma experiência que todo mundo deveria ter! As razões são várias:
1. Nada como morar em outro país para garantir a fluência em outra língua. Você pode até falar bem, mas nada como TER QUE falar uma língua que não é a sua para conseguir, de verdade, soar espontâneo. Quando você menos espera, está inclusive pensando nessa língua!!
2. Pra quem mora com os pais, pra ter a experiência de ter a sua própria casa, seus próprios horários e aprender a resolver seus próprios problemas - a princípio pode parecer uma coisa adolescente, mas basta olhar ao redor para ver quanta gente conhecemos que ainda grita pelos pais quando a coisa aperta...
Às vezes, é só olhar no espelho mesmo...
3. Turistar é uma delícia, eu concordo. Mas morar, de verdade, em uma país estrangeiro, é outra história! É sentir na pele como as pessoas daquele países vivem, sua cultura, seus hábitos, ir à padaria, fazer amigos, trabalhar, sair pra balada... Um país é muito diferente do outro: só quem foi sabe como é!
4. Tempo e dinheiro: não precisamos de muito tempo, nem muito dinheiro (ainda que de um pouco realmente se precise, afinal passagem de avião pra outro continente ainda é uma coisa carinha). São pequenos detalhes: em vez de ficar em um hotel, por que não alugar um apê? Em vez de só comer McDonalds, por que não comer alguma coisa típica? Nem precisa ser restaurante chique, em padarias e banquinhas de rua dá pra encontrar coisas que os moradores daquele lugar realmente comem (não aquele menu "pega-turista"). Em vez de ir só na área turística cheia de lojas, por que não zanzar um pouco sem rumo pelas ruas "normais" da cidade?

E etc, etc, etc...
Tanta coisa pra se fazer por aí!!

Mas eu sei, não dá pra simplesmente mudar de país de uma hora pra outra. Por isso que ainda acho que a palavra de ordem é planejamento: estabeleça qual é sua meta e, todo mês, vá juntando uma graninha...

Nas férias, quem sabe você não faz aquela viagem?

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Eu planejo, tu planejas, ele planeja...

Viajante que é viajante está sempre planejando a próxima viagem! Ela pode acontecer daqui um mês, daqui um ano, daqui dois anos, daqui sabe-se-lá-quando-vou-ter-dinheiro... não importa: planejar faz parte da delícia de viajar e faz com que possamos começar a curtir a viagem desde que decidimos que "cara, como eu queria ir para aquele lugar!".
Mas não confunda planejamento com cronometragem de atividades: aquela coisa de "8h12 - descer para o café; 8h37 - sair do hotel; 8h43 - pegar o metrô" deve estar totalmente fora de uma boa viagem! Todo mundo tem o direito e o dever de ficar uma hora a mais naquele museu que se revelou muito mais legal do que parecia e sair mais cedo daquela exposição, que apesar de bem indicada na verdade era um porre, para simplesmente ficar sentado em uma praça olhando as pessoas passarem.
Planejar é um jeito de prever coisas boas e ruins que podem acontecer na sua viagem e estar preparado pra elas. Antes de ir para aquele país que você sonha, pesquise se você vai precisar de visto, vacina, seguro saúde e já conte com esses gastos a mais para economizar em alguma outra coisa; planeje também alguns períodos livres, porque você pode descobrir atividades bacanas que não tinha pensado antes, ou simplesmente conhecer pessoas legais com as quais poderia passar horas tomando café e conversando sobre diferenças culturais.
Assim, você não corre o risco de ter passado por uma cidade e não ter ouvido falar de um festival super interessante que estava acontecendo, ou não ter visitado um local que tem a sua cara por só ter descoberto que ele existia, de pegar um trem para fazer uma viagem que poderia ser muito mais barata de ônibus, ou um avião para percorrer um trecho que tem uma paisagem lindíssima...
Você não tem muito tempo? Nem precisa! Um bom buscador de internet te ajuda a encontra muito sobre destinos, hotéis, transportes... E não deixe de conversar com quem já foi: o amigo do primo do vizinho foi pra aquela cidade que você tá doido pra conhecer? Pense quais são as suas dúvidas, não custa mandar um email pedindo dicas. Quem gosta de viajar ADORA falar de viagem, então... aproveite!
Lógico que não existe um "molde" de viagem: um roteiro que dá certo pro seu amigo necessariamente não funciona pra você, pois todo viajante tem as suas características específicas: verba a investir, tempo disponível, interesses a alcançar. Mas você pode e deve juntar todas as dicas que as pessoas te passam e depois fazer um roteiro pra você, com a sua cara.
Agora vou nessa, que tô planejando minha próxima viagem!
E você?

Cara nova!

Gente, tô fazendo test drive de uma cara nova por aqui...
Conforme tiver tempo, vou pensando em outros layouts também! O blogspot não me dá muita liberdade pra modificar formatos, mas vou tentar novas idéias!

sábado, 28 de junho de 2008

Pequeno livro, grandes dicas

A Mari Campos, minha colega de Giro Pelo Mundo, lançou neste mês seu primeiro livro. Depois de tanto escrever para revistas e sites, ela acaba de lançar o "Pequeno Livro de Viagem - Guia para toda hora", pela Editora Verus.


Viajante inveterada, ela coloca no livro um monte de informações e dicas utilíssimas para quem quer sair de viagem.

No dia 18 de junho foi o lançamento em Campinas, na Saraiva Megastore do Shopping Iguatemi. Em 02 de julho, próxima quarta-feira, acontecerá em São Paulo, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Av. Paulista. Além dos autógrafos, ela vai conversar com os presentes e tirar dúvidas dos viajantes em potencial

Eu já comprei o meu!

Eu, falando por aí sobre a Espanha

Continuo uma apaixonada incondicional pela Espanha. Um textinho sobre lá:

Páscoa à espanhola
http://giropelomundo.com/content/view/362/31/

Eu, falando por aí sobre como viajar barato

Continuo publicando minha série de dicas de como viajar barato no www.giropelomundo.com. Confira:

Viajar barato nas... compras!
http://giropelomundo.com/content/view/258/43/

O barato em alimentação
http://giropelomundo.com/content/view/317/43/

De volta à vida virtual

Gente, sei que estive super ausente do blog nos últimos meses... é que ando muito mais publicitária do que viajante, e acabava deixando pra postar quando tivesse mais tempo, e esse dia nunca chegava e o PV foi ficando murchinho, coitado.
Agora continuo com pouco tempo, mas no último mês tanta gente me deu bronca por ter deixado de postar que eu resolvi criar vergonha da cara e ressuscitá-lo! rs
Portanto... mãos à obra!

domingo, 27 de janeiro de 2008

domingo, 13 de janeiro de 2008

Salamanca, mi pasión

Tenho uma amiga que está de férias na Espanha e pediu que eu fizesse um roteirinho de visitação para Salamanca, cidade onde vivi por meio ano. Como sou prolixa até escrevendo, fiz um roteirão para quem quiser passar um fim de semana nessa cidade linda - ainda que eu ache que é pouquíssimo tempo.

Como quase toda cidade espanhola, poucas coisas funcionam no domingo, então vou concentrar a programação no sábado. CHEGUE CEDO, tem coisas que fecham sábado à tarde tb, você vai precisar checar o que funciona ou não, ok?
O trajeto Madri-Salamanca demora 2h30, de ônibus ou trem. Se for de ônibus, quando tiver passado boa parte da viagem e estiver chegando em Salamanca (você vai ver o Rio Tormes à direita), olhe e veja as Catedrais ao longe: pra mim é uma das vistas mais bonitas que já observei. Outra coisa: se já souber o horário da volta, compre ida e volta junto, sai mais barato.
Bom, como a cidade é pequena, dá pra andar a pé pra todo lado, independente de se for de trem ou ônibus. Aproveite e cheque o mapa ao lado (já que provavelmente vai chegar sem um) pra ver o caminho até o hotel/hostal – no mapa não aparecem as estações, mas eu explico os caminhos até a Plaza Mayor.
A estação de ônibus fica na Av. Filiberto Villalobos (à esq. do Campo de S. Francisco no mapa): saia da estação pela porta principal, vire à direita e siga sempre reto: Filiberto Villalobos, Ramón y Cajal, Calle Prior e já está na Plaza Mayor. Demora uns 20 min.
A estação de trem fica no Paseo de la Estación (à dir de onde tá escrito Labradores no mapa): saia da estação pela porta principal, vire à esquerda e siga sempre reto: Paseo de la Estación e Azafranal, depois já está na Plaza Mayor. Demora uns 25-30 min.

Chegando lá, algumas atividades que você deveria fazer:

Dia 1

1. Vá a Oficina de Turismo da Plaza Mayor e pegue um mapa (viajante que é viajante tem que ter mapa!). Depois, sente num dos banquinhos e procure no mapa os lugares que indiquei. Agora pare e aproveite para olhar a praça, é linda. Na quina entre o lado do relógio e a parede da direita, tem um busto de Franco, retratando o passado um tanto quanto reacionário da cidade. Aliás, todas as pessoas retratadas ao redor são personalidades, políticos e intelectuais em geral (localizado exatamente oposto ao Franco tá o Cervantes – procura um que parece a imagem que temos de Shakespeare, hehe).
2. Já que está aí perto, saia pela saída abaixo da cara do Franco, atravesse a rua e dê uma olhada no mercado municipal (só funciona pela manhã). Procure e encontre todas as parte que você nunca viu de um boi, eles não desperdiçam nadinha – e é superbacana ver os cérebros, estômago, órgãos genitais etc. Tudo muito higiênico e organizado, claro.
3. Visite a Universidad de Salamanca. Tem salas e pátios muito bonitos, e a biblioteca é superlegal. E não esqueça de procurar “la rana” na porta: há uma lenda na cidade que quem consegue encontrar a rã esculpida dentre as muitas imagens na porta da universidade volta a Salamanca, por isso sempre tem um grupo de pessoas ali tentando encontrar o bichinho!
4. Visite a Universidad Pontificia – é meio chato ter que fazer visita guiada, eu sei, mas a Universidade é lindíssima. E tem que ficar atento aos horários de visita – entre e pergunte quando será a próxima.
5. Aproveite que talvez tenha que esperar um pouquinho e dê uma olhada nas lojinhas de souvenires da Calle Companía e da Rúa Mayor. Mesmo se não tiver que esperar, depois da visita passe por ali e olhe na esquina a Biblioteca Municipal, a Casa de las Conchas (vendo a fachada é automático descobrir a razão deste nome). Entre, veja o pátio interno, suba a escada e olhe desde o mezanino. Aí pense que ano passado, no Festival de Artes de Castilla y León, tinha apresentações de música eletrônica ali, toda noite, sob o céu azulíssimo. Inolvidable!!
6. Da Rúa Mayor, pegue uma das callecitas até a San Pablo (Palominos, Jesús, Felipe Espino etc), dê um oi pro Colombo na praça dele e pegue a Juan de La Fuente até o Convento de San Esteban. É um lugar lindo, maravilhoso, que deve ser visto com calma, atentando aos detalhes.
7. Hora de almoçar! Se quiser comer uma coisinha só, aproveite que está “muy cerquita” e vá à Gran Vía, no Leonardo e peça um pedaço (ou dois, três...) de tortilla. Do outro lado da rua, mais perto do San Esteban, tem um café chamado Scherzo (o dono de lá é bem legal). Senão, pegue a rua quase lateral do Convento (perpendicular a Gran Vía), Calle Rosário e vá ao Trastero.
Se quiser almoço "de verdade", comi uma vez num restaurante perto das Catedrais que chamava algo com Luna, mas não lembro bem onde fica. Também tem um restaurante numa esquina da Calle Zamora que uma amiga disse que fazia uma boa paella.
8. Barriguinha cheia, vá visitar as Catedrais! Na fachada da lateral velha, no lado que fica em frente à Faculdade de Letras (Colegio de Anaya), siga o fluxo e vá procurar o astronauta perto de uma das portas (há vários outros símbolos contemporâneos, colocados quando fizeram a restauração da parte inferior – veja a diferença na cor da pedra nas partes inferior e superior). Entre nas catedrais e suba até as torres (procure o escrito Ieronimus), a vista é beeeeem legal!!
9. Aproveite que está pertinho e visite o “Huerto de Calixto y Melibea”, Romeu e Julieta espanhóis. O Jardim é fofíssimo e parte da muro que dá para o lado do rio compunha a antiga muralha medieval da cidade.
10. Vá até a Casa Lis, o Museu de Art Nouveau e Art Deco da cidade. Se estiver aberto, visite, senão vá ao lado oposto pra ver como são incríveis aqueles vitrais! E de lá dá pra ver de pertinho o que resta do muro (é a parte que não é lisinha).
11. Aí você já está às margens do Rio Tormes! Deste lado do rio, veja a estátua do Lazarillo de Tormes, outra história importante da literatura espanhola, e também a estátua do touro sem cabeça. Aproveite que a tarde já deve estar caindo e atravesse el Puente Romano, com calma, pensando na vida. Quando chegar ao outro lado, veja as catedrais ao longe, lindas e imponentes.
Espere ali pelo pôr-do-sol e pense como a natureza é perfeita... E tire muitas fotos!

Pronto, hora de ir pra casa, tomar um banho e se preparar para a noite!

À noite...
1. Umas 21h, saia de casa e vá para o paraíso boêmio-culinário de Salamanca: a calle Van Dyck. É longe do centro, mas é freqüentado pelos salmantinos tem comida e bebida a preços muito mais baixos do que nos arredores da Plaza Mayor.
Indo da Plaza Mayor, o caminho é pegar a Calle Toro até o final, seguir pela Mª Auxiliadora até cruzar a Av. de Portugal – é a 3ª rua a esquerda. Procure um restaurante à esquerda que chama “ La Encina ”, um bar barato com uma comida ótima. Peça uma porção de “Patatas Bravas” (minha comida de buteco preferida) e uma sangria (a de lá era ótima!). Se não, peça uma caña com limón (chopp com limão, mas é bom, não é aquela nhaca lemon que tem aqui no Brasil). Lá também tem carne e outras tantas comidinhas dos bares espanhóis (além do cardápio, costuma ter tipo uma vitrininha com algumas coisas – pode-se pedir raciones [porções] ou pinchos, que é uma quantidade individual.
Se não estiver com pique de ir até lá, numa das saídas da Plaza Mayor, Calle Prior (a rua do Burger King) tem um restaurante que chama Bambu, onde o pessoal ia muito. Mas nada de ir no Burger King, hein?? Aproveite pra xeretar os estabelecimentos locais!!!
2. Depois de comer bem (principalmente se for na Van Dyck!!!), volte até a Plaza Mayor para vê-la acesa – aquelas paredes iluminadas, douradas, são daquelas visões que vc nunca esquece.

Agora... roteiro etílico! Antes de mais nada, assumo que os meus bares preferidos são os de turista (exceto o Centenera)... mas não to nem aí: são divertidíssimos!!
3. La Chupitería : pegue a saída da Calle Pior e vá reto até chegar numa pracinha; a chupitería fica à direita, na frente da pracinha (na verdade, é mais um quadrado de grama do que uma praça propriamente dita). A maioria dos shots, inclusive tequila, custam 1 euro; se preferiralgo com bem pouquinho teor alcoólico, tome o “Chupito de la casa”, que mais parece uma sobremesa q um drink (1,70 euro). Uma amiga sempre tomava o “Licor de piruleta”, tipo um pirulito líquido, mas pra mim é absurdamente doce. Alguém mais corajoso pode escolher o “Diablo verde”, mas já aviso que tomei um gole uma vez e achei, literalmente, uma coisa dos infernos, argh. É bacana pra ficar lá ouvindo música e conversando com as pessoas. Aliás, se ainda for antes da meia-noite, não estranhe se tudo ainda estiver meio vazio.
4. Saia da Chupitería à direita (sem tropeçar!), vire à direita e siga reto uns metros até ver o Camelot à esquerda (à direita vão te dar vários flyers de não-sei-quantos-chupitos-por-não-sei-quanto, mas ignore, são de má qualidade). Vale uma entradinha no Gatsby, pra vc ver que bizarramente há uma piscina ali dentro (felizmente nunca vi ninguém usar). Entre no Camelot, dance um pouco, veja a decoração, suba no andar de cima pra ver como é etc.
5. Volte por fora da Plaza Mayor e dê uma passada no Tintín, um bar com a decoração toda desse personagem de desenho, bem fofo. Muitas vezes há meninas na Plaza Mayor distribuindo flyers de lá - às quartas-feiras o cuba libre era 1 euro.
6. De lá, vá à Gran Via e conheça o Centenera! (se não me engano, fica entre as calles San Justo e J. de Almeida) Adoro a decoração, cheia de quadros, que pode garantir uma foto ao lado da Monalisa. E o Roberto, o barman principal (de cabelo longo, com dread) é um fofo, super simpático!! Além disso, é um dos poucos bares que eu AMO que tem mais espanhóis que turistas.
Se não tiver muita gente lá, volte até a esquina e vá para o...
7. Medievo!!! Como não é dia de semana, não tem barra libre, mas a sangria (ou calimocho ou cerveja) custava 2 euros. Era o melhor lugar pra dançar (beber com economia, no caso da barra libre - de segunda à quinta, open bar por 4 euros das 23 às 3h). Fecha umas 4h da manhã, então se ainda tiver pique, o negócio é mudar para o...
8. Kandhavia (siga pela Gran Vía, sentido oposto ao San Esteban, até chegar num relógio de chão da Vodafone à sua esquerda; vire nele e pegue a segunda à direita. Você estará numa bifurcação, mas pegando a rua da direita e mais uns passos já verá o Kandhavia à sua direita. Lá normalmente dá pra ficar até umas 7, 8h da manhã.
E é isso! Agora é bom dormir porque ainda tem mais um dia de passeio. Está com fome? Passe no 24h da Gran Vía e peça uma napolitana!! Custa 1 euro e é ótima!! Minha preferida é a de chocolate, mas as de atum e presunto e quejo também eram ótimas.
IMPORTANTE: quando for pra balada, sempre leve um mapa no bolso; melhor pagar mico olhando mapa do que correr o risco de se perder estando meio alegre, né? Não tem perigo, mas é melhor não abusar, é ruim se perder num país diferente.

Dia 2:

Como no segundo dia vai ter bastante coisa fechada, eu sugiro:
1. Tome chocolate com churros de café da manhã! O lugar mais típico é a chocolateria “Valor”, que fica pros lados das Universidades (Calle los Libreros 14). Mas, como tudo que é tradicional, é um pouquinho mais caro. Se preferir, vá na Las Torres, na Plaza Mayor, quase embaixo do relógio.
2. Vá à Plaza Mayor lá pras 11 da manhã, onde sempre rola um furdunço, uma apresentação de dança típica, música típica etc, sempre bacana.
3. De lá, pegue a Calle Zamora e ande observando os edifícios (se quiser, vá pela Calle Toro, “a” rua do comércio de Salamanca, mas vai estar tudo fechado... Volte lá durante a semana.). Veja o Banco de España logo no início à direita e, no finalzinho dela, à esquerda, dê uma olhada na Iglesia de San Marcos, a única igreja redonda que já vi.
4. Dali, siga reto pelo Paseo del Doctor Torres Villaroel até o fim, e você estará na Plaza de Toros: não é exatamente tão perto, mas é fácil de ir e lá você pode tirar fotos da Plaza por fora e das estátuas do touro e do toureiro.
5. Um bom programinha de tarde seria ir ao Parque de los Jesuítas (não consta neste mapa que inseri, mas é do lado direito, um pouco depois do Paseo Canalejas): um parque bem bonito, onde o pessoal ia jogar bola e onde todo mundo toma sol no verão (na grama mesmo, como bom europeu!).
E volte feliz e cansado pra Madrid!

Há outros museus, conventos, praças etc, mas acho que esse roteiro seria ideal pra um fim de semana - ainda que ninguém em sã consciência deve-se passar tão pouco tempo numa cidade tão incrível!

"Qué lo pases de muy bien!!" (vulgo divirta-se pra caramba!!)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mi Buenos Aires querido!

Terminei o ano com uma passadinha em BsAs... Cidade charmosíssima, meio América do Sul, meio Europa, com cafés e casas de tango por toda parte e uma mescla entre arquitetura tradicional e moderna.

A cidade é composta por bairros muito diferentes entre si, que parecem mais pequenos municípios independentes, de tão distintos que são. Como ir a Buenos Aires sem conhecer o Caminito? Não dá, assim como também não dá para se notar que aquela é uma parte mais pobre da cidade, que concentra basicamente nessa rua a visitação turística.


Para ver o que há de moderno, temos que ir a Puerto Madero, com suas pontes e seus edifícios comerciais, além de seus restaurantes. Vá também ao Obelisco, e aproveite para atravessar várias vezes a 9 de Julio, a maior avenida do mundo.
Se você quer ver o lado mais hype, visite Palermo, conheça suas lojas modernas e os estabelecimentos com gastronomia "de autor".
De noite, um barzinho cai bem? Dê uma passadinha em Las Cañitas, "o novo Palermo", veja a gente na rua, as decorações diferenciadas e note o agito que rola por ali - ainda que no fim da noite o bacana é voltar pra Puerto Madero pra dançar.
Visite os museus da cidade, com destaque para o de Bellas Artes e o Malba (onde está o Abaporu, da Tarsila do Amaral). Aproveite que está pelos arredores e dê uma olhada no Parque de la Flor e decida o que acha da gigantesca flor metálica que se abre e fecha no decorrer de cada dia.

Também não se deve abrir mão do espírito político da cidade: veja a Praça de Maio, onde se reuniram tantas mães desesperadas e ainda se reúnem manifestantes de todos os tipos; presenciei uma passeata que atravessou toda a Avenida de Maio até a praça - organizadíssima, diga-se de passagem.
Outras coisas que devem fazer parte de um roteiro em BsAs:
- Pare várias vezes nos cafés e não deixe de experimentar os alfajores Havanna, dos melhores que já experimentei;
- Vá a um show de tango (dê uma pesquisada para não ir naqueles excessivamente turísticos);
- Visite as lojas de decoração, com produtos a preços ótimos;
- Jante num restaurante modernoso e aprecie a boa gastronomia;
- Perca-se pela cidade: a pé, de metrô, de ônibus, de táxi (todos os meios de transporte são muito mais baratos). Ande, veja a paisagem, olhe as pessoas... sinta-se parte de BsAs!

O melhor e o pior da cidade:
O melhor é trocar nosso dinheiro por pesos... com a cotação tão favorável, você se sente quase rico! hehe
O pior é pensar que sempre esteve aqui do lado e eu ainda não conhecia!

Por isso, se for a Buenos Aires... qué lo pases bien!

Ano novo, post novo

Feliz 2008!

Começo o ano com mais um "Eu, escrevendo por aí":

Um dia n'O Porto
http://giropelomundo.com/content/view/173/1/

Confira!