Diz-se que tudo começou no século XVI...
Para não incitar os cristãos a pecar durante a Quaresma, o rei Felipe II tomou uma decisão: todas as prostitutas de Salamanca seriam obrigadas a abandonar a cidade durante esse período do ano. Por isso, na Quarta-feira de Cinzas, todas elas eram levadas em um barco até o outro lado do rio Tormes.
O encarregado de vigiar e tomar conta dessas mulheres era um sacerdote, conhecido como "Padre Putas". E era esse mesmo padre que acompanhava os estudantes, na segunda segunda-feira depois da Páscoa (a semana seguinte ao domingo da Páscoa é considerada santa aqui), a buscar as prostitutas e trazê-las de volta à cidade, cruzando novamente o rio.
O retorno dessas mulheres era celebrado com uma grande festa regada a muita comida, bebida e dança.
Hoje já não se vai buscar a profissionais do sexo no leito do rio, mas muita gente ainda conserva a celebração dessa festa saindo ao campo com familiares e amigos e comendo "hornazo" à beira do rio - o hornazo é uma espécie de torta salgada, normalmente recheada de carne de porco, cujo consumo também representa o fim do jejum da quaresma.
Agora, numa cidade católica como Salamanca... quer festa mais controversa??
O rio Tormes e os barquinhos que o cruzam atualmente.
3 comentários:
Como eu disse no twitter, bota controversia nisso!!! Alias, Salamanca eh cheeeeeia de controversias, ne? Adoravel :-))))
Nada como uma controvérsia, né?
Li, gostei e compartilhei.
Com certeza, Carmem!
E o melhor é que aqui "Padre Putas" é até nome de bar ;)
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