Fonte da imagem: www.comunitatvalenciana.com
Arrisco dizer que só existe uma coisa mais valenciana que a paella: as Fallas. Essa festa, caracterizada pela exposição de inúmeros e enormes monumentos artísticos que, normalmente com um tom bastante crítico e sarcástico, decoram a cidade nos dias que antecedem à celebração de São José, padroeiro dos carpinteiros, quando serão todos... queimados.
Sim, as Fallas são assim de trágicas: Nessa festa, considerada de interesse turístico internacional, mais de 100 mil pessoas passam todo o ano trabalhando para fabricar essas impressionantes obras, cerca de 800 grupos de escult, e seu destino é terminar na fogueira, literalmente. Constituídos basicamente de papel e madeira, os ninots (como são batizados os grupos de esculturas) são incendiados à meia-noite de 19 de março, conhecida como Nit de La Cremà, catalão para “Noite da Queimada”, transformando-se em impressionantes fogueiras de cores. Apenas um deles se salva do fatídico destino: a obra que foi selecionada com a melhor de todas, sendo por isso absolvida e guardada para a posteridade.
Assim, de 15 a 19 de março, próximo sábado, todas as esculturas estarão espalhadas por Valencia para serem vistas de perto pela população, e as ruas da cidade se enchem de fogos e petardos, além de iluminação especial e apresentações musicais. Em todos os dias desta semana, às 14h, a praça da prefeitura se transforma no cenário da mascletà, espetáculo pirotécnico composto por centenas de quilos de pólvora.
Estive na cidade há alguns dias e o clima de festa já estava no ar: muita gente trabalhando na decoração das ruas, além da segurança e assistência médica sempre presentes (com tantos fogos de artifício, melhor prevenir).
No site do governo da Comunidade Valenciana pode-se acessar a mais detalhes do evento, sua origem, a programação diária e até mesmo uma versão virtual e personalizada da mascletà.
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